domingo, 22 de abril de 2012

A cada dia

A cada dia que amanhece uma nova possibilidade de ser mais feliz do que antes.                                                                      Márcio Reis

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

O fim é só o começo



Na vida, quando você acha que acabou é quando começa o espetáculo.

É engraçado como todas as coisas começam fazer sentido quando você olha além do tempo. Como a demissão que te deixou mal faz totalmente sentido quando você se lembra das outras portas que posteriormente, se abriram. Como o seu mundo não acabou todas as vezes que você achou que havia acabado. Como tudo passou quando você se lembra de quantas vezes disse que não suportaria mais.
Basta tirar 15 minutos, 15 minutos do seu dia para relembrar tudo que já passou para que o cenário atual, mesmo não sendo o dos melhores, consiga te fazer sorrir e agradecer.
É irônico relembrar quantas vezes você disse que não iria amar, e ver quantas vezes amou de novo por e apesar de... e entender que isso de amor nada tem a ver com merecimento, basta lembrar cada ser inerte ou desprovido de motivos que já receberam seu amor.
É engraçado lembrar quantas vezes a vida recomeçou sem que percebêssemos, mas mais engraçado ainda é se dar conta que damos conta de muito mais quando o peso parece bem superior do que o que podemos suportar, e que livro de auto-ajuda é a própria vida e os próprios olhos, que vão aprendendo ver beleza independente se está num verão lindo ou em um inverno tempestuoso.
Há sempre muuuito mais caminho a seguir quando não conseguimos ver continuação da estrada, e muito mais força pra levantar e começar de novo quando a gente insiste em ver o fim.
Graças a Deus, algumas coisas só começam quando terminam, a nossa força, por exemplo.

The Smashing Pumpkins - Tonight, Tonight


Camila Lourenço

domingo, 29 de janeiro de 2012

COMPARTILHAMENTO DE ARQUIVOS GRÁTIS

http://www.4shared.com/dir/lhECh60H/Livros__Ebooks_PT-BR.html           consegui baixar uns livros muito bons se você quiser tentar.

Pirateiem meus livros


by PAULO COELHO on MAY 30, 2011

artigo publicado em 29 de maio 2011 no jornal Folha de São Paulo

Em meados do século 20, começaram a circular na antiga União Soviética vários livros mimeografados questionando o sistema político. Seus autores jamais ganharam um centavo de direitos autorais.
Pelo contrário: foram perseguidos, desmoralizados na imprensa oficial, exilados para os famosos gulags na Sibéria. Mesmo assim, continuaram escrevendo.
Por quê? Porque precisavam dividir o que sentiam. Dos Evangelhos aos manifestos políticos, a literatura permitiu que ideias pudessem viajar e, eventualmente, transformar o mundo.
Nada contra ganhar dinheiro com livros: eu vivo disso. Mas o que ocorre no presente? A indústria se mobiliza para aprovar leis contra a “pirataria intelectual”. Dependendo do país, o “pirata” -ou seja, aquele que está propagando arte na rede- poderá terminar na cadeia.
E eu com isso? Como autor, deveria estar defendendo a “propriedade intelectual”. Mas não estou. Piratas do mundo, uni-vos e pirateiem tudo que escrevi!
A época jurássica, em que uma ideia tinha dono, desapareceu para sempre. Primeiro, porque tudo que o mundo faz é reciclar os mesmos quatro temas: uma história de amor a dois, um triângulo amoroso, a luta pelo poder e a narração de uma viagem. Segundo, porque quem escreve deseja ser lido -em um jornal, em um blog, em um panfleto, em um muro.
Quanto mais escutamos uma canção no rádio, mais temos vontade de comprar o CD. Isso funciona também para a literatura: quanto mais gente “piratear” um livro, melhor. Se gostou do começo, irá comprá-lo no dia seguinte -já que não há nada mais cansativo que ler longos textos em tela de computador.
1 – Algumas pessoas dirão: você é rico o bastante para permitir que seus textos sejam divulgados livremente.
É verdade: sou rico. Mas foi a vontade de ganhar dinheiro que me levou a escrever?
Não. Minha família, meus professores, todos diziam que a profissão de escritor não tinha futuro. Comecei a escrever -e continuo escrevendo- porque me dá prazer e porque justifica minha existência. Se dinheiro fosse o motivo, já podia ter parado de escrever e de aturar as invariáveis críticas negativas.

2 – A indústria dirá: artistas não podem sobreviver se não forem pagos.
A vantagem da internet é a divulgação gratuita do seu trabalho.
Em 1999, quando fui publicado pela primeira vez na Rússia (tiragem de 3.000 exemplares), o país logo enfrentou uma crise de fornecimento de papel. Por acaso, descobri uma edição “pirata” de “O Alquimista” e postei na minha página. Um ano depois, a crise já solucionada, eu vendia 10 mil cópias.
Chegamos a 2002 com 1 milhão de cópias; hoje, tenho mais de 12 milhões de livros naquele país.
Quando cruzei a Rússia de trem, encontrei várias pessoas que diziam ter tido o primeiro contato com meu trabalho por meio daquela cópia “pirata” na minha página.
Hoje, mantenho o “Pirate Coelho”, colocando endereços (URLs) de livros meus que estão em sites de compartilhamento de arquivos. E minhas vendagens só fazem crescer -cerca de 140 milhões de exemplares no mundo.
Quando você come uma laranja, precisa voltar para comprar outra. Nesse caso, faz sentido cobrar no momento da venda do produto.
No caso da arte, você não está comprando papel, tinta, pincel, tela ou notas musicais, mas, sim, a ideia que nasce da combinação desses produtos.
A “pirataria” é o seu primeiro contato com o trabalho do artista.
Se a ideia for boa, você gostará de tê-la em sua casa; uma ideia consistente não precisa de proteção.
O resto é ganância ou ignorância.
_________________
PAULO COELHO , escritor e compositor, é membro da Academia Brasileira de Letras. É autor de, entre outros livros, “O Alquimista” e “A Bruxa de Portobello”.http://paulocoelhoblog.com/2011/05/30/pirateiem-meus-livros/

sábado, 28 de janeiro de 2012

TUDO PARECE DIFERENTE

Tudo que ficou no passado parece diferente,mais belo,mais intenso,os tempos de criança,a alegria de viver,os romances,enfim a vida parece que era mais intensa.será que perdemos o jeito de amar com o passar do tempo,ou as aflições da vida é que nos mata aos poucos,os desencontros,as perdas,tudo que nos acontece vai tirando o encanto...buscar forças para amar intensamente novamente,lutar contra as adversidades da vida com a mesma intensidade,isso é preciso para tornar a viver,viver realmente de verdade,deixar as crenças que nos mata,abandonar a ideia de um Deus castigador e vingativo,e saber que viver íntensamente,ajudar as outras pessoas a ter uma vida mais digna; isso é o que nos faz aproximar de Deus...viver levemente,com um fardo leve e um jugo suave,conversar,usar o poder de verbo,despertar ânimo nas pessoas,não falar coisas que não traz proveito.                                                                                                                                                   Márcio Reis

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

O FILME “O SORRISO DE MONA LISA”. A EDUCADORA SUBVERSIVA

Capa do filme O Sorriso de Mona Lisa
- Quais as lições que podemos tirar do filme?
- A história fica centrada em uma professora inovadora com idéias à frente de seu tempo que é contratada por uma renomada e tradicional escola de Ensino Médio, a qual preparava alunos para as Universidades americanas na década de 50. Num primeiro contato com a turma, composta apenas de mulheres de classe média alta, a Educadora Katherine ficou surpresa com a capacidade das alunas condicionadas às limitações da “decoreba” de uma apostila extremamente limitada. Além disso, as alunas demonstravam desconhecimento do que realmente seria a disciplina de História da Arte, com a qual a educadora teria que trabalhar.
- A Instituição educacional era de uma postura extremamente tradicionalista, assim como a maioria do corpo discente, de visão tacanha, passaram a ver a professora como uma questionadora e comunista. E, de fato, idéias que iam de encontro aos costumes da época (anos 50) germinavam em seu pensamento.
- Não sendo uma Educadora limitada, tentou ampliar os métodos educacionais. O método visual utilizado, slides, favoreciam os alunos. Pelo visto, foram também utilizados outros métodos educativos, como visitas a uma exposição de artes. Uma maneira de despertar o interesse do alunado pela disciplina, observando detalhes que não estavam expostos na apostila.
- Tendo provocado questionamentos e reflexões acerca das normas impostas, não somente em relação ao conteúdo programático, buscando informações que estavam fora da apostila, mas também, questionando os valores vigentes na sociedade da época, estimulando às alunas a conceberem a realidade de outra forma, a se aventurarem a fazer uma análise própria.
- Educadora por excelência, ela se preocupava com o futuro das suas alunas, procurando conhecê-las mais de perto. Ficava importunada com a limitação da evolução profissional das jovens alunas, pois o único desejo imposto pelos costumes da época era a de ser uma “doméstica prendada” (passadeiras, cozinheiras, “limpadeiras” de bumbuns dos filhos, consumidoras de utensílios domésticos e tudo isto sem questionar absolutamente nada – Uma rainha do lar escravizada pelo machismo da época, pelo marido e pelo capitalismo dos anos 50). Será que agora está um pouco melhor para as mulheres?
- Educadora de visão futurista rompe com o tradicionalismo, mostrando às alunas que é possível conciliar uma carreira profissional à vida doméstica. Tentava libertar a mulher da égide do casamento, onde seria apenas uma figura submissa. Estimulava a aptidão e o crescimento das suas alunas para liderança. Naturalmente, para os padrões arcaicos da escola, este tipo de intervenção e aplicações de métodos educativos diferentes não agradavam a direção escola.
- Uma outra problemática que podemos observar no filme é a importante postura do professor, em qualquer nível, de estar continuamente se auto-avaliando. A primordial atitude profissional de repensar perenemente sua prática pedagógica. Quantos professores conhecemos que, tendo alcançado certa titulação, param no tempo e no espaço? Pensam que já conhecem tudo e nada mais precisam conhecer. Ledo engano! A evolução da ciência é constante, a cada dia temos novas descobertas colocando em cheque velhos paradigmas educacionais. Àquele educador que decide parar, a partir daquele momento está desatualizado e pode trazer graves conseqüências para a formação dos seus alunos e para a sociedade.
- Todos aqueles que militam na área de educação deveriam de assistir esse excelente filme, cuja história é vivenciada pela atriz Julia Roberts no papel da educadora Katherine e fazer algumas reflexões sobre a capacidade da educadora de conseguir, nos momentos de crise, superar as adversidades surgidas em sala de aula e as impostas pela diretoria de pensamento arcaico do Wellesley College, da dedicação apaixonada pelo seu magnífico trabalho, bem como a iniciativa de utilizar os recursos e aplicação de estratégias úteis no desenvolvimento educacional dos seus alunos.

O Clube do Imperador Em busca da Formação Plena


Filme-o-clube-do-imperador                                                                                                             Não há entre os autênticos educadores um único que não tenha o interesse genuíno de fazer com que sua aula extrapole os limites dos conteúdos que estão sendo trabalhados e permita a seus estudantes uma formação plena, integral. E quando falamos nisso, destacamos que essa idéia envolve a busca não apenas do conhecimento do ponto de vista acadêmico, mas também ético e filosófico.
Queremos transformar nossas crianças e jovens em pessoas que saibam o quanto é importante valorizar a vida, estimular o progresso, perceber o mundo em que vivem, amar o conhecimento, gostar de conviver com outras pessoas (e com as diferenças), enfim, crescer em busca da harmonia, do amor e da paz.
Há, sem dúvida, como nos diz o mestre Rubem Alves, aqueles que entram em aula apenas para “dar aulas”. São competentes (ou não tão competentes) “dadores” de aulas de história, matemática, ciências ou português, entretanto não conseguem perceber que o papel dos educadores extrapola conceitos e teorias, regras gramaticais e descrições de paisagens, fatos históricos ou fórmulas matemáticas.
A educação carrega em si, de forma implícita a realização da plenitude de nossos alunos através de seu contato conosco, os professores. Isso não significa que somos exemplares e virtuosos. Somos sujeitos a falhas e imperfeições como todas as outras pessoas. O que se espera é que consigamos, através de nossa prática pedagógica, de nossa proximidade com os estudantes, de nossa capacidade de dialogar e tantas outras habilidades e competências que devemos ter, que sejamos capazes de falar ao coração, atingir a alma, perpetuando palavras, pensamentos e ações que estão além de meros conteúdos.
Muitos educadores sabem disso. São eles que estão sempre se dispondo a escutar seus alunos tanto em aula e em relação aos tópicos e temas trabalhados em suas disciplinas quanto fora de aula para ajudar a dissipar as dúvidas que surgem na estrada da vida; são esses professores que estudam sempre e constantemente buscam novas fórmulas e metodologias que tornem suas aulas ainda mais motivadoras; são esses profissionais que nunca parecem satisfeitos e que às vezes são chamados de inconformados por sua atitude de perene procura de respostas aos problemas do cotidiano da escola.
Se você está se percebendo nessas linhas e notando que suas atitudes são condizentes com aquilo que está escrito, parabéns! Você deveria receber prêmios (o maior de todos é o carinho e a consideração de nossos alunos) e reconhecimento por sua postura e conduta profissional. Sei que não é isso que você está querendo através de suas realizações, afinal de contas o nosso espírito de educadores não é tão afeito aos holofotes, a fama e a celebridade, o que realmente vale é saber que passamos a fazer parte da história de vida de nossos estudantes e que os auxiliamos a obter sucesso e alcançar a felicidade profissional e pessoal.
O filme “O Clube do Imperador” nos coloca diante de um professor que persegue esse nosso sonho de forma abnegada. Tenho certeza que só isso já é suficiente para que você se interesse em saber mais e assista ao filme... Boa diversão!
O Filme
Cenas-do-filme
William Hundert (Kevin Kline) é um conceituado professor de história da Antiguidade Clássica (Grécia e Roma) verdadeiramente apaixonado por seu trabalho. Além disso, Hundert é um dos baluartes da tradicional escola onde dá suas aulas. Respeitado pelo diretor e pelos alunos, todos os anos esse professor organiza uma competição cultural que se tornou clássica no colégio, o “Clube do Imperador”.
Em sua nova turma de estudantes o professor Hundert começa desde o princípio a estimular o gosto pelo estudo dos grandes acontecimentos relacionados aos generais e imperadores romanos e aos filósofos e artistas gregos. É capaz de gastar uma aula inteira se dedicando a explicitar pensamentos e campanhas militares para os jovens estudantes.
Seus novos estudantes são muito promissores o que o anima ainda mais a realizar um trabalho de qualidade. Entre eles há, inclusive, o filho de um dos vencedores de uma das edições passadas do “Clube do Imperador”. Depois de alguns dias de aula transcorridos, sua aula é interrompida para a chegada de um novo estudante, Sedgewick Bell (Emile Hirsch), arrogante e prepotente filho de um senador.
Confrontado algumas vezes pelo garoto, Hundert resolve contar com o apoio do pai do garoto para conseguir fazer com que ele se aplique mais nos estudos e valorize a educação a que está tendo acesso. De seu empenho surge a primeira grande oportunidade de valorizar Sedgewick e dar-lhe o necessário estímulo para um maior interesse na escola ao ter em suas mãos a chance de classificá-lo para as finais do “Clube do Imperador”.
Será possível aos professores através de suas atitudes modificar o futuro de seus alunos? Até que ponto o convívio diário com os professores pode influenciar o caráter e as atitudes dos estudantes? O individualismo e a busca da vitória a qualquer preço são ensinamentos que devem continuar fazendo parte das lições trabalhadas na escola? Até que ponto os professores devem continuar acreditando e investindo na recuperação de seus alunos (seja na formação ética ou na acadêmica)? Será que o idealismo muitas vezes não chega a cegar os professores em seus julgamentos e procedimentos em relação a seus estudantes?
Todas essas questões estão, de certa forma, presentes no filme “Clube do Imperador”, isso já o qualifica a ser visto por educadores e seus pupilos, pelos pais e por todas as pessoas interessadas em melhorar a educação. Assistam!
Aos Professores
Cenas-do-filme-homem-conversando-com-jovem
1- Jamais deixem de sonhar! Mais do que isso, invistam em seus sonhos, façam com que eles se tornem realidade. Apliquem seu tempo, utilizem seus conhecimentos, pesquisem quando necessário e permitam que todo o seu esforço e experiência se transformem em projetos que revertam em favor da educação, da escola onde trabalham, da comunidade a qual servem e, principalmente de seus alunos.
2- Tendo como exemplo o filme “O Clube do Imperador”, por que não realizar concursos culturais em sua escola. Podem ser criadas competições em qualquer disciplina ou mesmo em todas, por séries ou níveis de dificuldade, agregando notas ao desempenho dos alunos em cada disciplina ou para premiar com medalhas e troféus os vencedores. O mais importante é fazer com que os alunos se interessem e queiram cada vez mais estudar.
3- Muitos professores me questionam nas palestras e workshops que realizo a respeito da formação mais ampla e integral do aluno. Costumo lhes dizer que os alunos se pautam muito em nossas atitudes e postura diante do mundo. Uma das observações mais constantes de nossos estudantes em relação a seus professores relaciona-se a coerência entre discurso e prática. Não adianta, por exemplo, o professor defender de forma veemente a democracia se suas atitudes são de intolerância e incompreensão...
4- As escolas deveriam se preocupar em documentar a passagem de seus estudantes pela escola através de fotografias como ocorre regularmente nos Estados Unidos com os Yearbooks (livros do ano). Além disso, seria muito interessante se a cada 5 ou 10 anos as escolas conseguissem reunir os alunos que se formaram e seus professores para reuniões e confraternizações em que se falasse sobre o que aconteceu com cada um depois do término de seus compromissos escolares. Seria estimulante para professores e alunos saber que seu convívio foi fundamental para o futuro de ambos...
Ficha Técnica
O Clube do Imperador
(The Emperor’s Club)
País/Ano de produção: EUA, 2002
Duração/Gênero: 109 min., Drama
Direção de Michael Hoffman
Roteiro de Ethan Canin e Neil Tolkin
Elenco: Kevin Kline, Emily Hirsch, Embeth Davidtz, Rob Morrow, Edward Herrmann,
Harris Yulin, Paul Dano, Rishi Mehta, Jesse Eisenberg, Gabriel Millman.
Fonte:  http://www.planetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=226